Do meu quarto, eu ouvi a empregada dizer que a enfermeira a acariciava na hora do banho. O fato ocorreu quando internada para extração da vesícula e, como é desligada, demorou a entender que carinho difere de sacanagem. — “No princípio, eu não disse nada, tive dúvidas, talvez achasse que todas as enfermeiras fossem tão carinhosas. Só percebi quando uma colega de enfermaria questionou o que eu estava fazendo ali, uma vez que, há alguns dias, estava de alta. Foi quando a ficha caiu. A enfermeira devia saber, mas, para não me perder, calou e não disse nada. Podia fazer uma queixa à direção ou denunciá-la, caso estivesse certa daquilo que fazia, mas preferi me manter calada. Não por medo de represália, mas para evitar problemas caso eu precise voltar”. — disse toda sem jeito. — Duvidando que aquilo fosse verdade, eu fui até lá. Minha mãe só me olhou, mas foi o bastante. Certamente pensando no que eu faria se fosse comigo? Não sei — eu diria. Talvez fizesse o mesmo que ela ou ficasse me perguntando se isso é errado ou não, pois, não é sempre que o poder público nos trata com dignidade ou carinho. Só espero que a empregada não volte a ser internada por esse mesmo motivo ou por outro, até porque cansei de cuidar da casa enquanto ela se “tratava” e minha mãe trabalhava.
11 comentários:
Oi, Rô!
O lesbianismo existe mesmo.
Beijos e bom fim de semana.
Soy partidaria de hablar, con educación y precaución pero hay cosas que callando se siguen manteniendo. Un abrazo
La traducción ha sido un poco deficiente pero me pareció entender que la enfermera demostraba un "cariño" especial con la empleada de tus padres.
Creo si se debía emitir una queja a la dirección del hospital e incluso una denuncia.
Saludos.
Un post interesante
Siempre hay que tratar con respeto a todos y a veces en los hospitales públicos no lo hacen.
Há muitos anos eu ouvi de um médico um comentário extremamente preconceituoso, quando disse que a maioria dos enfermeiros era gay. Achei aquele julgamento um absurdo e deixei pra lá. Depois, não voltei mais a esse médico. Fico me perguntando o que ele, do alto de seu machismo, diria das enfermeiras.
Hiciste bien.
Abrazo hasta vos.
Ora, pois, pois, de fato, não é sempre que o SUS trata tão bem seus pacientes...
Situação bem complicada. Grato por compartilhar o seu relato.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Cada pessoa tem a orientação sexual que entende ter. Nada contra. O que interessa é ser feliz.
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Saudações cordiais. Um dia feliz.
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Poema: “” Luz da noirte em luar estrelado ““
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Esse texto traz à tona uma reflexão poderosa sobre a relação entre carinho e profissionalismo, especialmente em contextos vulneráveis como o hospitalar. A ambiguidade das ações da enfermeira gera uma tensão interessante, destacando a linha tênue entre o cuidado e a exploração.
A protagonista expressa sua confusão e insegurança sobre a situação, revelando uma sensibilidade tocante. A escolha de permanecer em silêncio, por um lado, sugere uma aceitação das complexidades da vida, mas também uma crítica sutil à falta de apoio e dignidade que muitas vezes as pessoas enfrentam ao depender do sistema de saúde.
A relação com a mãe também é significativa; um simples olhar pode comunicar preocupações profundas sobre ética e moralidade. É um convite à empatia e à reflexão sobre como tratamos uns aos outros em momentos de fragilidade. Além disso, o cansaço da protagonista em cuidar da casa, enquanto a empregada se “tratava”, revela as dinâmicas de poder e responsabilidade que existem nas relações de trabalho.
O texto, com sua leve ironia e nuances emocionais, convida o leitor a pensar sobre como cada um de nós reagiria em uma situação similar, refletindo sobre a importância do carinho genuíno e do respeito nas relações interpessoais. Uma escrita delicada que, sem dúvida, provoca emoções e pensamentos profundos!
BEIJOS EM SEU 💗
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