domingo, dezembro 01, 2024

COMO SE CHAMA? ( I )

 


  Encontrei “Marli Tira e Limpa”, come é conhecida no convívio escolar, num papo tão animado que, depois que se despediu e saiu, minha avó, que não é de se envolver com a vida de ninguém, desatou falar maravilhas a respeito dela. Coitada da minha avó, não sabe a bisca que essa piriguete é! Meia hora vovó levou elogiando a criatura enquanto eu, com o queixo nos peitos, não falei o quanto eu estava indignada com ela, que parecia nem ter dado com a minha presença e o quanto ela estava enganada com relação à garota. Qualquer um sabe a pessoa que ela é, mas minha avó, não. Vovó não tem maldade suficiente para fazer juízo de ninguém.
— Por que não me disse que estás “ficando” com o jovem que foi montar sua festa? — Foi quando descobri qual motivo traria Marli Tira e Limpa à casa dos meus avós. — Tá doida, tá, minha avó? — respondi forçando as flores que eu trouxe para dentro da jarra e para tristeza do meu avô, quando molhei minha blusa, gritei meu melhor palavrão.
— Acho que 17 anos não autoriza ninguém a namorar escondido dos pais, que dirá, dos avós. Por que não falou que namorava o rapaz? — disse como se fosse ficar no meu pé até me tirar a verdade. Mas do que você tá falando, vovó? Quando foi que escondi da senhora o que faço ou o que deixo de fazer? — perguntei olhando firme pra ela. Acho que a fuxiqueira que acabou de sair encheu sua cabeça ou esse papo não estaria rolando. Será que a piranha pensa que desisti de mim pra ter qualquer coisa com aquela magrela? Olha, vovó, se ela pensa uma coisa dessas, tudo bem, mas a senhora… Acredite ou não, mas eu nunca olhei para a cara desse sujeito. Sorte dela não encontrar meu vovô, pois, se o tivesse encontrado ele, antes que ela terminasse a primeira fase, ele já a teria enxotada para longe. Desculpe, vovó, mas essa conversa já deu. A senhora eu não sei, vovó, mas meu avô acredita muito em mim. Sempre que precisar saber alguma coisa a meu respeito, pergunte a ele. Pena que a senhora não tenha se tocado que ninguém se chama Marli Tira e Limpa de graça.
Vovó, infelizmente preciso ir embora. Dá um beijo no meu avô e diga a ele que eu o “amo”. Por favor, não se esqueça de dizer “isso” pra ele!
— Mas, já, minha neta? Você mal chegou e já vai embora? — ouvi de longe ela dizer.


quarta-feira, novembro 27, 2024

VOCÊ É ISSO! - VOCÊ É QUE É!

 


     A discussão dos meus professores em relação à política aumentou o meu interesse pelo tema. Meu pai faz isso com minha avó, mas o discurso dos dois pelo assunto é mais comedido. Não há espaço para ofensas pessoais ou afirmações consideradas inadequadas diante de qualquer pessoa. Um professor diz que o candidato do seu partido fará o que seu adversário não pode, enquanto o outro diz alto de doer os ouvidos que prometer, todos prometem, mas não fazem e fala como se soubesse os números que premiarão a mega sena.
Esses candidatos já estiveram lá antes e não cumpriram o que prometeram — diz meu pai. Muitos tentam se reeleger repetindo promessas anteriores, mas ninguém se lembra disso. Sem dúvida, apostando na “boa memória” do povo — termina dizendo. Gosto do tema quando vejo consistência nas propostas e nas discussões apresentadas nos palcos e fora deles, o que não significa que eu esteja a favor de um ou outro partido. Eu, de fato, torço pelo que minha avó e o meu pai, em conjunto, desejam.
Não adianta prometer coisas se a arrecadação do município não é suficiente — afirma minha avó. Esse é o tipo de discussão que meu pai tem com minha avó. O engraçado é que o meu avô concorda com tudo o que cada um diz de certo ou de errado aqui em casa. No entanto, na escola, a discussão se transforma em um bate-boca. Meu pai fala que não deve brigar com amigo por conta de política se há algum tempo os bons nomes não se candidatam a cargos políticos. De acordo com minha avó, apontando nomes, a política está sendo dominada pelo tráfico, pela milícia e por outros comandos que a maioria de nós desconhece.
Cogito até pesquisar a matéria, pelo menos para me posicionar, mas, da forma como as coisas andam, é melhor não.   ©rô

sábado, novembro 23, 2024

QUAL É A COR DA CONSCIÊNCIA?

 


      Qual a chance de uma mulher preta e pobre prosperar, alguém sabe dizer? — Todas! — É o que qualquer um gostaria de ouvir. Mas infelizmente eu não escutei. Talvez estivesse ficando surda, falado baixo de mais ou coragem pra responder ninguém encontrasse. Agora, por que discriminar essa gente se a educação que tiveram é a mesma que deram aos filhos brancos de gente branca? Assim como os professores que em momento nenhum se negaram atender um aluno preto em detrimento de um branco é que o mundo deveria caminhar. Na igreja onde me curvo ajoelhada, por exemplo, eu não vejo ninguém rezando o credo diferente um do outro e não seria de um negro ou de uma negra que iriam rezar. O agravante maior está no acender das luzes, na subida do pano e nas portas que, ao se abrirem, nos levam para um espaço vazio. Sair para onde? — Eu me pergunto — sair para onde se nas placas que indicam o caminho escreveram, em português: “negros por aqui. Brancos por onde quiserem”.
É duro estar lendo essas coisas no idioma da gente, e nada mudaria se fosse em hebraico, esperanto ou javanês. Talvez me calar fosse o mais sensato, mas aí volto a me perguntar: e o nó que me tapa a garganta, quem vai desatá-lo? Imagina se o negro não fosse bom aluno, não tirasse boas notas e não tivesse o respeito dos professores, dos colegas, dos pais e dos amigos…
Consciência negra. Essa consciência não deve se parecer em nada com a consciência branca. Essa que nos açoitou no passado e hoje nos deixa livres, mas sem emprego e nenhuma esperança, nas favelas onde dizem que moramos. 

terça-feira, novembro 19, 2024

DIAS DIFÍCEIS.

 


                  Ontem chorei com a postagem do blog de D. Catiaho. Era antiga, mas muito oportuna. Nela o blogueiro, muito gente boa, silvioafonso cita Mário Sérgio Cortella e suas duas maçãs, O texto relata a passagem de um pai e seu filho pequeno. Chorei com a narrativa por lembrar de quando era pequena, tipo cinco anos, e de ter levando três amiguinhas à minha casa. Lembro de ter pegado cinco maças e do meu pai me dizer. — Filha, se vocês são quatro e não cinco, por que levar uma a mais? Lembro bem da minha resposta. Falei que não era por Neusinha não querer entrar que não quisesse uma maçã. Meu pai olhou para as maçãs, para mim, abraçou minha mãe e foram rindo para a cozinha.
Lendo o posto me lembrei de ouvir minha avó, conversando, dizer que 2011 foi um ano duro para a nossas famílias e nem por isso os meus pais me chamaram a atenção.
Por provocar o choro, não, mas pelas lembranças que me levaram a ter, sim, eu agradeço muito. Obrigado dona Catiaho. Obrigado senhor silvioafonso.

segunda-feira, novembro 18, 2024

A MELHOR CANÇÃO QUE CANTARAM PARA MIM.

 

     


     Minha avó me contou uma história que se outra pessoa contasse talvez não causasse em meu peito o aperto que esta causou. Foi assim: minha avó, contando, falou que um cantor lírico, um tenor espanhol, certamente um dos melhores e muito amigo de outro cantor, espanhol como ele, se desentenderam, brigaram. Foi anos sem se falarem. Quando um se apresentava em um lugar, o outro, sabendo, por lá não aparecia. A razão da briga, ninguém sabe explicar. Um dia José Carreras, o tenor de quem ela fala, parou de cantar; adoeceu. Fora diagnosticado com leucemia. Com a doença o cantor gastou todo a fortuna, mas bom, que é bom, não ficou. Quando soube da doença, Plácido Domingo, sem que o outro soubesse, para não constrangê-lo, criou, na Espanha, terra dos dois, uma fundação para tratar leucemia. Carreras foi internado e lá se curou. Curado sem gastar o que certamente não tinha. Tempos mais tarde, ao saber que o fundador da instituição era Plácido Domingo, o cantor não conteve as emoções. Foi ao “show” do cantor e o interrompeu. Todos se indignaram com aquele homem subindo ao palco, se ajoelhando aos pés do artista e num gesto comovente, bonito e fraterno, de agradecimento, pediu-lhe desculpas. Em público. Foi aplaudido de pé. Depois se abraçaram e certamente choraram, um no ombro do outro enquanto o povo aplaudia. Mais tarde, alguém da imprensa perguntou a Plácido: — “Por que você criou uma fundação para beneficiar um inimigo?” — Plácido então respondeu: — “Porque uma voz como aquela não pode se perder!
Minha avó é igual à sua e a sua também. Avó é anjo, é coisa de Deus. Obrigado, vovó por você existir. Te amo.

sexta-feira, novembro 15, 2024

FALEI OU PENSEI?

 


   Política na casa da gente é doença, daquelas, contagiosas. Até minha mãe, que nunca vi discutir o assunto, deixou transparecer já ter candidato. Não sei se meu pai votaria com ela se morassem nos EUA, mas que eles discutem, discutem. Não é discussão como quem se prepara para guerra, mas como vovó fala, “lapidam a mesma pedra, cada um com a ferramenta que tem”. Assim foi nas eleições para prefeito e vereadores da nossa cidade e para a felicidade de todos os candidatos para os quais votamos, venceram e por coincidência os deles também eram os meus. (meus votos acompanham, sempre, os do relator) Quanto a Trump e Kamala Harris, a discussão foi um pouco maior e pelo que vi no semblante dos dois, é mais difícil defender um país que defender a nós mesmos. Segundo diz minha avó, “o que é bom para os EUA não é bom para ninguém e não seria do Brasil que os presidentes de lá iam gostar”. Será isso mesmo, vovó, eu quis perguntar. Todos deveriam votar por vontade própria e não por obrigação, porque é votando que se aprende como a roda consegue rodar.
Votar é bom para os grandes e para os demais.
Esperemos a apuração torcendo para vencer o melhor, não o melhor para eles, mas o melhor também para os mais necessitados e principalmente para os que têm fome. Acho que ouvi o pessoal lá em casa falar muito sobre essas coisas ou não estaria dizendo o que acho que estou. Afinal, eu falei isso ou pensei?

segunda-feira, novembro 11, 2024

MEU PAI, UM HOMEM e O MENDIGO.

 

     


       Achei engraçado meu pai ter dado a coxa da galinha para minha mãe, se é a parte que ele mais gosta. Quando perguntei, ele disse que para qualquer um, a gente dá qualquer coisa, mas para um amigo a gente dá o melhor. Talvez poucos enxerguem com esses olhos, mas um amigo sabe o que o outro amigo tem de melhor. Ao ouvir aquilo, lembrei-me do "cheiroso", um pobre que residia com seu cachorro por ali. Um dia lhe perguntaram qual era o maior desejo que tinha. O mendigo, alisando a cabeça do animal, olhou para o homem e, apontando para uma carrocinha próxima, disse: "Comer um cachorro-quente com maionese, milho e batata palha. Igual ao que vende naquela carrocinha. Esse é o meu maior desejo”. Surpreso com a resposta, o homem foi até lá. Comprou um cachorro-quente bem caprichado e deu para ele. O mendigo ficou muito feliz. Agradeceu, sentou-se com o cachorro, tirou a
salsicha e deu para ele. Olhou para o homem com um sorriso de agradecimento e, muito feliz, comeu o pão e o molho. Vendo aquilo, o homem, coçando a cabeça, falou: — “Você disse que o seu sonho era comer um cachorro-quente. Por que não comeu a salsicha se era o melhor que ele tinha?” — “Quando temos de dar alguma coisa para um amigo, devemos dar o melhor. A salsicha era o melhor que eu
tinha, por isso dei para ele”. — Falou com o cão se esfregando nas pernas dele.
Conhecendo a história do mendigo e vendo o meu pai tão carinhoso com minha mãe, eu não sei se choro de felicidade ou se aposto no ser humano, mas, por via das dúvidas, acabo chorando por um e por outro.

quinta-feira, novembro 07, 2024

ACORDEI OU ESTOU DORMINDO?

 


      Nunca senti falta de doida nenhuma como sinto da minha prima. Essa doida é com quem desabafo quando Buluda não está disponível. Lamentavelmente, essa amiga, Buluda, minha confidente, dispensou alguns dias para visitar a Bahia com o namorado. Minha prima também é legal. É maluca, mas é confiável e quando se pede ela guarda segredo. Não toca no assunto, não interrompe enquanto escuta e nem joga na cara quando brigamos. Por isso, eu gosto dela. Mas devia estar jogando quando liguei, por isso não retornou. Que falta faz o fixo de antigamente. Quando aquilo tocava, todos corriam para atender. Aí, após atender, batiam na porta do quarto e eu, a essa hora, estaria falando do riso idiota que apareceu no meu rosto quando acordei. Ela certamente cairia na gargalhada ao saber que só dei pela coisa quando fui ao banheiro e me olhei no espelho. Talvez por acordar antes de meus pais me enfiarem no forno. Antes desse riso aparecer na minha cara, eu achava que seria servida numa travessa no jantar da noite passada. No sonho, porque foi um sonho, os meus pais cochichavam. Enquanto mamãe pedia para untar a forma com manteiga, o meu pai dizia que deixasse os temperos com ele. — "Ative o forno à temperatura máxima para que, em duas horas, ela esteja pronta para o consumo. Depois a gente corta os pedaços e serve com arroz branco e farofa de bacon com banana". — Dizia meu pai, baixinho, à minha mãe. Aí eu pergunto: — Como não me apavorar diante de uma declaração pavorosa, como essa? — Quando acordei, já estava de boa, só o sorriso que eu tinha nas fuças é que me incomodava. É por isso que eu quero falar com ela, mas a bandida não larga o videogame. Se largasse, com certeza, me ligava de volta, mas como é doida, não vê, não fala e não escuta. Se fosse ligação de homem... ela atendia. (ou não?)

terça-feira, outubro 29, 2024

"É, PODE SER".

 


    Encontrei um cãozinho em um beco perto de onde aprendo inglês. O estado de abandono nos atormentava a todos, mas, além de mim, ninguém se aproximou. Eu desejava abraçá-lo e beijá-lo, mas, para evitar que sujasse meu uniforme, o mantive afastado de mim. — Vai levar para você? — perguntou uma voz sobre meu ombro. A voz avançou metro e meio e o puxou para o colo — Se não for eu o levo pra mim — falou apertando o bicho ao encontro do peito. — Não, eu não posso levar. — falei me afastando. — Por que, não gosta de pet? — Gosto, é claro que gosto, mas meu pai não quer bicho em casa. Diz que lá, ninguém tem tempo pra esse tipo de vaidade. Eu sei que, se eu insistir, ele acaba aceitando. Mas é melhor não. Sempre que o perturbo com essas coisas, ele põe a mão na minha cabeça e afasta o cabelo da frente dos olhos.
— “Li recentemente em um livro”, é claro que não dá, exceto se eu o alisasse, caso contrário, não rola. — falei.
— Mas… tu quer o bicho pra quê, tu vai cuidar dele? — pergunto enquanto um esfrega o focinho no focinho do outro (talvez quisesse mostrar o dedo do meio).
Tenho dúvidas que vá cuidar, pois, se não cuida de si, dele é que não cuidará mesmo — pensei.
Fico triste quando vejo essas coisas, mas não incomodarei meu pai, de jeito nenhum. Antes de chegar a casa já sei que o encontrarei ao lado da minha mãe fazendo graça pra ela. É o que sempre acontece sempre que os dois estão sós.
Enquanto meu pai divertir minha mãe, eu não me envolvo com homem nenhum. Vai que o comportamento de um difira daquele que vejo diariamente ao lado da minha mãe. Não quero nem sonhar que todos sejam vilões e altivo só meu pai.

quinta-feira, outubro 24, 2024

O MARACA É NOSSO!

 


       Não me importo se a mulher veste short ou saia curta para mostrar as pernas bonitas e se eu não me atrevo, é porque não as tenho e se as tivesse, certamente não teria coragem. Mas cada um com sua própria verdade. Esse discurso não é para falar que não tenho pernas bonitas, mas para comentar um triste fato ocorrido na quinta-feira passada quando fui com meu pai assistir ao jogo das arquibancadas do maracanã. Tudo ia bem até o nosso time sofrer o primeiro gol. Isso não nos importou tanto quanto as exibicionistas nas cadeiras atrás das nossas. Eram cinco meninas mais ou menos da minha idade. Todas gritando e pulando a cada jogada, mas elas, que deveriam dar exemplo, eram as mais exaltadas e não me refiro aos palavrões que diziam, mas aos modos. Todas de saia curtinha, fazendo questão de mostrar o que as honradas escondem, sendo que três, desse grupinho, não usavam nada por baixo. E elas gritavam, saltavam e, instigadas pelas outras duas, abriam as pernas para o povo nas cadeiras de baixo. Eu nem vi o resto do jogo se minha atenção voltei toda para o meu pai que, como homem e jovem que é deveria estar olhando, mas, nem uma vez notei que o fizesse. É claro que comentamos a respeito depois, na saída, mas o exemplo que elas, como mulher que reclama do assédio, deveriam dar, ficou para o meu pai como homem honrado que é. Não estou discriminando ninguém como disse acima, mas me senti envergonhada por nosso time perder a partida e as meninas, de certa forma, me representarem.

segunda-feira, outubro 21, 2024

AMIGA

 




  Eu não tenho uma amiga para chamar de minha, o que não quer dizer que não exista quem se amolde ao meu jeito. Aquela que me puxe a orelha na hora certa ou me ajude escolher o caminho que eu deva seguir. Sempre haverá “uma melhor amiga” na vida de cada um e por que não haveria na minha? Não importa se demora ou será logo quando me levantar dessa cama. Uma amiga que chega séria, mas acaba te fazendo rir, quando você, na verdade, quer se desidratar nas próprias lágrimas. Aquela que vira à noite na sua casa ao seu lado, a que te conta os últimos babados assim que te vê. Amiga que sei que existe é tipo isso, tipo aquela que sai rindo alto no meio da rua com você procurando um buraco para se enfiar, que faz selfies contigo em lugares que ninguém faz. Àquela que primeiro te elogia para depois dizer que com o outro vestido vc fica melhor. Alguém que não te deu presente no aniversário, o que não quer dizer que não te ame, mas por esquecer ou por não ter como comprar. Amiga é quem leva um lero com o garoto que você tá afim, que te dá os melhores conselhos e que te diz se aquele garoto presta ou não. Amiga é quem te protege, que te faz dar as melhores risadas. Aquela que não larga do seu pé e que você quer ao seu lado até que os seus cabelos embranqueçam. Melhor amiga há sempre em algum lugar, não uma amiga qualquer, mas aquela que é a “melhor amiga de todo o mundo inteiro”, como li no livro de Colleen Hoover, na vida da gente. Aquela que te alegra quando você está triste, te agrada, te manda à merda quando acha que você merece, te abre os olhos em certos momentos, mas te ajuda e te ama. A amiga que você confia sua própria vida porque te ama de verdade. É essa amiga que a gente não quer perder nunca, e é a ela que a gente dá o título de melhor pessoa do “mundo inteiro”, como diz no livro. Mais que uma simples colega de escola, ela é sua amiga de verdade, sua palhaça e sua “gênia”. Mais do que uma amiga, ela é sua parceira, sua irmã. E que essa irmandade seja para vida inteira. Isso eu não li em lugar nenhum, talvez por não ter uma para que eu possa dizer isso.