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segunda-feira, agosto 26, 2024

UM ROLÊ COM VOCÊ.

 



Na fila do caixa do mercado do bairro escutei uma conversa entre uma vizinha e sua amiga. Escutei porque fui obrigada. Se eu saísse da fila, perdia o lugar. Essa vizinha falava baixinho sobre o ombro da outra que tinha ido ao pagado na noite passada e essa vizinha, é bom que se diga, é casada, mãe de duas crianças pequenas, trabalha fora e é muito bem vista no condomínio onde moramos. O bom disso tudo é o marido dividir os trabalhos da casa com ela. Mas voltando ao assunto; ouvi dona Cássia, que tem outro nome, mas para não comprometê-la vou chamá-la de Cássia, eu a ouvi dizer que tinha ido ao pagode na noite passada. Disse baixinho sobre o ombro da amiga a sua frente. Eu estava atrás perto, atrás delas. O que ela disse era verdade porque eu mesma a vi entrar no carro com algumas amigas por volta das 21h. O show acabou por volta das 2 da madrugada, mas só às 5 voltou para casa, como falou. Ao perguntar se o marido ficara bolado com a hora, ela disse que não. Era um acordo que havia entre eles. Se um gosta de futebol e o outro não. Esse um fica com as crianças enquanto o outro vai torcer por seu time. Dona Cássia e o marido tem a mesma idade, 32 anos e são pais de 2 crianças. Eu fiquei muito feliz, não por demorar tanto para voltar, mas pela liberdade que um dá para o outro. Já pensou se todos os casais fizessem assim? O respeito é tudo e se um confia no outro, por que não fazer o que se gosta quando se pode? Nunca vou esquecer dona Catiaho falando que o dia é grande, é muito grande, é gigantesco, para quem trabalha, para os doentes e os prisioneiros, mas para a felicidade não passa de meros segundos.
Chegou minha vez, pera aí!  Quanto deu aí, moça? O cartão é da minha mãe, pode parcelar?

11 comentários:

dear anies disse...

life as marriage couple...

Graça Pires disse...

Gosto da forma engraçada como conta as suas histórias.
Uma boa semana.
Um beijo.

Jotabê disse...

Difícil fazer um comentário sem parecer machista, mas a mente viaja ao saber que o show acabou às duas e a Cássia só voltou às cinco. Que bom que haja esse acordo entre os dois, acordo que evita muito stress. Você também mencionou a"dona Catiaho". Curiosamente, tenho duas vizinhas gêmeas idênticas que se chamam Cássia e Kátia.

Flávio Cruz disse...

Verdade, Rô: o tempo é relativo. Voa, enquanto a gente se diverte, e se arrasta enquanto lidamos com os sofrimentos e as inquietações. Meu abraço, boa semana.

Flávio Cruz disse...

Verdade, Rô: o tempo é relativo. Voa, enquanto a gente se diverte, e se arrasta enquanto lidamos com os sofrimentos e as inquietações. Meu abraço, boa semana.

Martha Jane Orlando disse...

It's hard not to listen in on conversations, isn't it?
Blessings!

Tomás B disse...

Creo que el respeto y confianza al otro es en lo que se debe basar el amor.

Saludos.

Ester disse...

Lo cuentas con simpatía y se hace amable la historia. Un abrazote

Flávio Cruz disse...

Boa reflexão, Rô! o tempo é relativo: parece voar quando estamos felizes, e se arrasta enquanto as dores nos visitam. Até por isso, tento estar feliz sempre! Meu abraço, boa semana.

R's Rue disse...

Thank you for sharing.
www.rsrue.blogspot.com

She disse...

Queridona querida, nem vou falar mais que rio contigo rsrs adorei, amo isso da gente que escreve tudo ser motivo para ser escrito. Acho inteligente e libertador não se perder a individualidade dentro de uma relação romântica, mas é o tipo da coisa que cada casal tem a sua dinâmica, não tem nem certo e nem errado, porque as pessoas são muito particulares, né?! Eu sempre acho que são três pessoas envolvidas na relação, eu, o outro, e nós dois como casal. Já abri mão no passado da minha individualidade e foi a maior estupidez na vida, há muito tempo que coloco isso no topo de uma relação. Se ele sai para beber e ver jogo com amigos, por que eu não posso ir para o pagode, né?! Só viajei aqui que o pagode acabou duas e ela só chegou cinco. Daria um conto em cima disso ou outra pauta.
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