Aqueles que já amaram algum dia garantem que amar é uma experiência que envolve alterações físicas e emocionais, das quais não discordo. Que a pessoa fica mais alegre, eufórica e com os batimentos cardíacos alterados. Isso, segundo eles, é amar. O que significa que estou, desesperadamente, apaixonada, mas, infelizmente, nem sei por quem. Os sintomas são parecidos, só eu não sou mais aquela que o espelho do meu quarto mostrava. Ultimamente tenho agido diferente, sou mais paciente e até o meu humor melhorou, como ouvi minha mãe dizer à professora de hebraico por quem nutro verdadeiro “khibud”.
Ouvindo aquela conversa, pensei: a mudança existe, está aí aos olhos de cada um. Em cinco anos passei de menina para mocinha e agora mulher, mas amar, coisa que faço na maior simplicidade, já não amo igual. Amo, como quem ama uma determinada pessoa, mas, tipo maluca, não sei por quem ando assim. Felizmente mudou para melhor, diz meu pai, que não é outra pessoa senão eu, vestido de calças e mocassins. Todos dizem o que jamais me permiti admitir: a diferença de mim para o meu pai é o bigode e, como ninguém tem bigode lá em casa…
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