ARREPENDIMENTO.
Não dormi direito essa noite, pensando na minha prima. Talvez me sentisse melhor se, ao invés de falar o que falei para ela, dissesse o que minha avó vive dizendo pra gente, tipo, "o coração tem razões muito estranhas, há de se respeitar". Eu me arrependi do que disse naquele momento, talvez, se eu pensasse mais nela do que em mim, eu dissesse qualquer coisa que a confortasse e não que a deixasse sem graça, talvez arrependida de ter me procurado. Eu sei que ela estava frágil, muito frágil, mas, gente, eu também sou humana e quando me pedem um conselho e eu concordo em colaborar, eu me torno, como num passo de mágica, parte daquele problema. Eu deveria ser, pelo menos, um pouco mais sutil, carinhosa. Dizer para ela que, gostar de alguém não é problema nosso, mas do coração. O mesmo acontece com o "esquecer" que também não é de nossa responsabilidade. Isso é tarefa da nossa cabeça, que, aliás, deixa de ser nossa quando se gosta de alguém, pois, existe algo lá dentro com vida própria, fazendo com a gente o que acha que deve sem nos dar qualquer tipo de satisfação. Ah, se um comprimido resolvesse ou uma reza, quem sabe o muro das lamentações ajudasse. Mas acho que não. Como seria bom se a gente pudesse falar baixinho, para que ninguém nos ouvisse, que a pessoa que nos deixa nesse estado já não é importante, que já não gostamos mais dela. Oh, vontade de apontar a porta e dizer; — Vaza! Saí já da minha cabeça que do meu coração, há muito, tu já foi despedido!
Infelizmente o que eu falei naquela hora, já era. Não dá para rebobinar a fita e cortar fora o que eu acho que falei e não devia.
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