A discussão dos meus professores em relação à política aumentou o meu interesse pelo tema. Meu pai faz isso com minha avó, mas o discurso dos dois pelo assunto é mais comedido. Não há espaço para ofensas pessoais ou afirmações consideradas inadequadas diante de qualquer pessoa. Um professor diz que o candidato do seu partido fará o que seu adversário não pode, enquanto o outro diz alto de doer os ouvidos que prometer, todos prometem, mas não fazem e fala como se soubesse os números que premiarão a mega sena.
Esses candidatos já estiveram lá antes e não cumpriram o que prometeram — diz meu pai. Muitos tentam se reeleger repetindo promessas anteriores, mas ninguém se lembra disso. Sem dúvida, apostando na “boa memória” do povo — termina dizendo. Gosto do tema quando vejo consistência nas propostas e nas discussões apresentadas nos palcos e fora deles, o que não significa que eu esteja a favor de um ou outro partido. Eu, de fato, torço pelo que minha avó e o meu pai, em conjunto, desejam.
Não adianta prometer coisas se a arrecadação do município não é suficiente — afirma minha avó. Esse é o tipo de discussão que meu pai tem com minha avó. O engraçado é que o meu avô concorda com tudo o que cada um diz de certo ou de errado aqui em casa. No entanto, na escola, a discussão se transforma em um bate-boca. Meu pai fala que não deve brigar com amigo por conta de política se há algum tempo os bons nomes não se candidatam a cargos políticos. De acordo com minha avó, apontando nomes, a política está sendo dominada pelo tráfico, pela milícia e por outros comandos que a maioria de nós desconhece.
Cogito até pesquisar a matéria, pelo menos para me posicionar, mas, da forma como as coisas andam, é melhor não.
Cogito até pesquisar a matéria, pelo menos para me posicionar, mas, da forma como as coisas andam, é melhor não.
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