AMO VOCÊS.

 

     

     Estou sendo educada por um casal que não se parece muito. Meu pai é calmo, minha mãe agitada. Meu pai fala por último, quando fala, já minha mãe não deixa ninguém nem abrir a boca. Enquanto meu pai visa fazer as coisas com menos esforço, minha mãe leva o dia inteiro esfregando o piso e quando nos vê pasmos olhando para ela, ela responde; — “Enquanto não der para ver as calcinhas da gente, eu não paro”. Meu pai não fuma, enquanto mamãe solta fogo pelas narinas. Papai não briga com ninguém, já mamãe não leva desaforo para casa, talvez por não se meter em encrenca. Esses são o côncavo e o convexo em quem me espelho diariamente. Um tem razão enquanto o outro retruca ficando em silêncio. Que orgulho tenho de vocês, meus pais. Também tenho orgulho da dona Céu, da escritora Larissa Pereira, da dona Alice Alquimia, a quem falo um tantinho da minha vida, como tenho orgulho das amizades do Poeta Rykardo, da She falando carinhosamente comigo,  do Árabe, de dona Catiaho que me fez levantar antes do almoço ficar pronto e de outros como o escritor Flavio Cruz, tão gente fina e de outros que não caberiam na primeira página desse diário se eu as nominasse. Essa gente me enche de orgulho, admiração e me deixa muito feliz. Obrigada. É pensando em vocês que tento melhorar na escrita, no jeito de enxergas as coisas e entender as pessoas. Quando eu ficar um pouquinho mais velha quero ser igual a vocês e prometo continuar sendo a melhor aluna que vocês já tiveram. Obrigada. Obrigada, “mermo”.