JÁ É NATAL.

 

As festas estão aí, batendo às portas da gente. Meus pais até já compraram os presentes, pelo menos saíram com esse propósito, só os dois, de mãos dadas como dois namorados. É bonito vê-los do jeito que os vejo, sempre carinhosos um com o outro. Pena que minha mesada não seja lá essas coisas ou eu lhes daria o presente mais caro do mundo. Tamanho o amor que eu tenho por eles. Mas pretendo comprar qualquer coisa, inclusive livros para a D. Alice Alquimia, e, se sobrar um pouco de dinheiro, talvez compre um, também, para a D. Catiaho, que é muito querida por mim. Livro é sempre bom para dar de presente, mas recebê-lo é muito melhor. Basta afivelar o cinto de segurança e sair por aí, viajando nas páginas da história que contam os livros. Ganhar ou dar presente é maravilhoso. Já estou vendo a molecada brincando com aqueles brinquedos de 1,99 enquanto os pais enchem a cara no barzinho da rua onde moram. Nesse tipo de comemoração, ninguém se importa com o aniversariante, nem com os moradores de rua ou com os doentes, aqueles que há muito tempo perderam a esperança e a fé. Não quero falar sobre isso, pois sempre foi assim, desse jeito e ninguém faz ou fez nada para melhorar esse quadro. Também não vou dizer que um prato de sopa ou um cobertor, para os dias de frio, não vá ajudar, mas resolver o problema que é bom, ninguém se preocupa em resolver. A cidade está cheia desses pobres infelizes. Mas como eu disse, é Natal. Portanto, feliz Natal para vocês. Para cada um dos que me honram com a sua amizade.