COALHADA COM MEL

 

A maior parte das minhas amigas e dos meus amigos sabe que eu amo coalhada. Não aquelas com sabor disso ou daquilo, mas a tradicional. Não gosto que misturem mel ou qualquer outra coisa. Gosto dela simples, do jeito que vem. Hoje, domingo, minha melhor amiga tocou no assunto. Quando falei, brincando, que ia ao mercado ela lembrou da coalhada. Gente, estamos a trezentos quilômetros separadas uma da outra, por isso quando ela falou, não falou da boca para fora, mas para dizer da saudade que tinha de mim, da gente e da história que nos envolveu por anos afins. Na hora, se não me seguro, chorava e, para ser sincera, chorei de verdade. Por favor, não me perguntem por que, pois, se não foi de saudade foi da lembrança que tenho dos momentos bacanas que a gente passou junto. Não vou dizer que eu seja exigente com as pessoas e com aquilo que faço e muito menos dizer do quão maravilhosa é minha amiga para evitar que línguas felinas nos acusem de coisas que não dizemos e nem pensar a respeito a gente pensou. Eu só tenho a agradecer a ela, Toquinho, como a chamamos, por me levar à lugares que a minha memória já não lembra mais. A propósito, Toquinho, se o fim de ano já é amanhã as férias da escola não devem tardar, por isso eu rogo a Deus que nos possibilite um novo encontro para que a nossa história continue viva enquanto forças tivermos para escrevê-la.