Depois que o meu tio morreu, nunca mais vimos sua mulher. Minha mãe, preocupada com o sumiço, pediu-me que a visitasse. Escolhi o melhor dia e fui. A casa nos fundos do terreno parecia fechada, mas se a tevê estava ligada, no último volume, com certeza ela estava lá dentro. Insisti na campainha, gritei pelo seu nome, mas como ninguém atendeu. Pensando que ela pudesse ter tido um troço, pulei o portão e fui até lá. O som aumentava a medida que eu ia chegando, mas não era só a tevê que eu ouvia, mas o choro de alguma pessoa, tipo um gemido, vazando por meio de uma fresta daquela janela e se ela sofria, minha mãe tinha razão. E foi assim, cheia de dó que olhei pela fresta. Queria bater, avisá-la da minha presença, mas como cessasse aquele choramingar, eu cheguei a pensar que tivesse dado pela minha presença. Eu torcia para estar enganada. Quem sabe a dor não tivesse passado? Eu não queria que soubesse que a vi tristonha e chorava, por isso não bati à porta. Preferi afastar a cortina e olhar. Descobri que não era a morte do meu tio que a fazia "sofrer" e sim um jovem, da minha idade, que fazia com ela o que só os amantes pudessem fazer. Do garoto eu não ouvi uma palavra. Toda a atenção estava voltada para ela que, de 4, se permitia fazer o que ele bem entendesse. Lembrei do acasalamento dos cachorros, um grudado no outro. Novamente me lembrei de mamãe falando comigo. Já pensou se ela pegasse a cunhada fazendo o que os dois estavam fazendo? Soltei a cortina e saí de fininho. Pulei o portão e fiquei esperando o cão desgrudar da cadela. Demorou tanto que eu já estava desistindo quando ela chegou. Titia na frente e o garotão atrás dela. — Olá, minha querida, disse com um falso sorriso. — Você deve ter chamado, mas com o barulho da tevê eu não percebi. Ah, esse é um sobrinho distante, filho da minha irmã mais nova de quem há muito não tenho notícia e só veio porque ela insistiu. Mas entra, minha filha! Agora me fala: como vai sua mãe, e você, já terminou os estudos?
10 comentários:
Hello!
An incredible story. I don't know any such things, but I'm sure they can happen in the world. Shocking.
Greetings from Poland!
Prazer, Rô. Vim retribuir sua visita ao meu blog e fiquei encantada com sua escrita. Parabéns!
Beijo, beijo!
Olá! Obrigada por sua visita em meu blog.
Que situação, em? Eu iria embora, nem ficava esperando.
Beijos! ヽ(✿゚▽゚)ノ
Me asombro la historia. . Te mando un beso.
Olá Rô. Grato pelas lindas palavras que me deixaste no POLYRDRO.
Li atentamente as tuas histórias e gostei muito. Tens talento e muita criatividade. Desenvolves os contos, com uma sequência bem estruturada, que desperta a curiosidade do leitor. Além do mais, sabes criar um delicioso clima de sensualidade e desejo que, linha a linha se vai tornando numa volúpia irresistível. Vou voltar!...
Te deixo um beijo...
🥰
😍
😍
😍
😍
Postar um comentário