AMIGA DE ESCOLA

 

U'a amiga do colégio me falou estar gostando muito de um cara das minhas relações. Coisa que eu já sabia caso se referisse ao noivo com quem, dentro de um mês ou dois, se casaria. Mas eu estava enganada, pois, não se tratava da mesma pessoa, mas de um negro enorme que eu conhecia. Segundo ela me disse, ele era tudo de bom e o pior é que essa garota jamais se deixara tocar e nem o noivo teve tal liberdade, não por parte dela, mas dele, que jamais se casaria com quem tivesse passado por outras mãos. Eu não como resto, teria dito para ela. Transar só após o casamento. Uma dúvida surgiu de repente. Se ela não transou com o noivo o que o negro fazia com ela trancados na casa dele? Tudo, ela respondeu. E concluiu dizendo que fazem o que um homem faz com uma mulher, menos o convencional, ou seja, fazer o que o noivo, sendo evangélico, faria somente após casarem. Fiquei toda arrepiada ouvindo o que ela falava. Gente, essa garota também é evangélica, o que não a impede de ter um amante. Um gigante que faz com ela o que o noivo, após casados, jamais faria com ela. A propósito, o que seria esse TUDO que eles fazem lá dentro? Arrepio-me ao lembrar dessa história, mas se Deus quiser não haverá ninguém a me condenar pelo silêncio, porque, nada eu disse naquele momento. Mas se não o fiz foi porque nada alguém me pediu. Eu acho que fui por impulso, desabafar era sua intenção. Ou seria inveja da minha parte? Inveja da sua coragem porque, se fosse comigo, eu já teria morrido e não só por medo de ser taxada de sem-vergonha, vadia ou coisa pior, mas de arrependimento, sei lá. Mas de uma coisa eu tenho certeza; se ao invés de me contar ela contasse para um sábio ele certamente diria; vai fundo, minha filha! Vai porque você está certa. Não se esqueça que após se casarem seu marido vai colocar uma coleira, bem apertada, no seu pescoço presa a uma guia curta. Portanto, minha senhora, diria o sábio, é melhor o arrependimento de uma coisa errada do que arrependimento de nada ter feito. Vai fundo e seja feliz, concluiu.