Caso não morasse nesse país, aqui não viria jamais! Na viagem para São Paulo, eu estava tranquila, junto à janela, com minha prima sentada ao meu lado e meus pais conversavam, no banco de trás. A distância da Rodoviária, até o bairro, na zona sul, onde passamos o fim de semana, não leva nem meia hora. Eu, com os fones no ouvido, ouvia música até o movimento dos passageiros chamar a minha atenção. — Estão atirando pedras na gente, fiquem agachados! — Urrou o motorista ao ter o para-brisa estilhaçado. — Não para, motorista! Não para, acelera! — Gritavam para ele. O resto, todos já sabem. Fomos à delegacia onde cada um relatou o que viu. Conclusão: Do passeio, pouco aproveitamos. A questão era o retorno para casa. Felizmente, tudo transcorreu de forma satisfatória; contudo, retornar a São Paulo, definitivamente, não consta dos nossos planos. Se tiver que escolher, preferimos os assaltos que ocorrem aqui em nossa cidade. Pelo menos sabemos de onde o perigo está vindo.

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