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21 janeiro 2025

SARRADA FATAL

 


     Tenho vergonha de retomar este tema, mas, se todas as mulheres se calarem, como será a geração que está por vir? Estou falando da Bia, minha amiga. Bia prefere o metrô do que o ônibus. Volta e meia ela é vista por lá. Um passarinho me contou que uma senhora precisou avisá-la que tinha um homem se esfregando na bunda dela. Acho que se não fosse isso ela ainda estaria com o homem colado ao seu traseiro. A velha ficou surpresa ao ver o homem, que, conforme o passarinho, foi ficando mais vermelho à medida que o tempo passava. A idiota olhava para ontem com uma expressão de debilidade mental. O tarado ali, enroscado nas costas dela. Já tive a oportunidade de experimentar situações semelhantes. A diferença é que empurrei as pessoas para o lado e, com a ponta do dedo apontando para ele, falei coisas que eu nem sabia que era possível. Ninguém entendeu nada uma vez que o indivíduo desapareceu repentinamente. Vai encostar na mãe, em mim não, tá legal? Só não disse que ele era santo, o resto, eu falei. Já minha amiga não. Ela agiu muito diferente, o que me leva a pensar que é possível engravidar de quem nunca se viu as fuças. Gente, se eu contasse para minha avó, ela com certeza diria: “bem feito! Quem mandou se meter na vida dos outros? E se ela estivesse gostando, o que você ia fazer? Nada, não é mesmo?” Será que vovó falaria assim? O negócio é que a Bia quando fica sozinha parece que incorpora um espírito que a leva a fazer coisas que depois não consegue explicar. Coisas que só minha avó, que é do tambor, poderia esclarecer. Acho que diria; “essa garota em uma pombagira de frente. Ela não é responsável pelas bobagens que faz. A culpa é da pombagira que a leva a fazer essas coisas”. — Cruz credo, não gosto nem pensar!

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