Quando uma fofoqueira disse a Marcela que havia alguém vestida com uma fantasia igual a dela, a garota ficou brava. Não fosse o dono da festa agarrá-la por trás, eu não sei o que seria de mim. O bom da coisa é que ninguém, e muito menos ela, ficou sabendo quem seria a infeliz que ela queria esganar. Eu já tinha feito tudo o que pretendia bem antes dela me agredir e adivinha na conta de quem eu botei? Na conta da Marcela, evidentemente. Para todos os efeitos, foi ela quem beijou e foi beijada pelo dono da festa, tocou os seios da filha dele e beijou na boca a sua mulher. Não sou maldosa como pareço, só quis tirar um sarro da cara dela e me divertir um pouquinho. Acho que é inveja o que eu sinto dessa piranha, quer dizer, dessa garota. Por isso a atropelasse com a minha carreta, como a atropelei. Eu quero dizer, antes que me acusem de outras coisas, que eu fiz tudo de cara limpa. Não preciso do fumo para fazer tais besteiras e muito menos da bebida para ser doida como pareço. No ano passado não foi complicado, mas esse ano, além de fácil, foi muito gostoso. Precisava ver a cara da Marcela. Gosto de assinar as coisas que eu faço, mas desta vez, vou ficar te devendo, Marcela! Ah, como eu gostaria de dizer isso para ela. Mas não vou porque não ser idiota. Quanto aos beijos... A mulher do anfitrião não me excitou com aqueles peitos bonitos esfregando nos meus e nem o marido dela com aquilo forçando minha virilha. Na festa anterior eu não me diverti tanto quanto nessa, mas, o que me deixou triste é não ter avançado nas descobertas a meu respeito. Talvez na próxima, se me convidarem, eu passe para o outro lado da rua e me mostre um pouco mais para elas e para eles, quem sabe não me convença ter descoberto aquilo que quero?
Nenhum comentário:
Postar um comentário